Soldado, soldadinho, capitão
das armas, das balas e da miséria,
vedes, acaso o moço, o coração,
que se parte partido do teu tiro?
se mirasses, farias coisa alguma?
E se visses morrer os irmãos todos
do pais que estão sem criança nenhuma,
Também terias a paixão na vida?
Pararia o barril, de fumo e fogo,
de atirar sem controlo nem amor
às gentes, à população… ao povo
sofrendo desamado a bruta dor.
Acabaria as bombas, e os canhões
de derrubarem o que é escombro,
o que é nada… nada e já caiu,
salteado para não haver de novo.
Será que a Guerra, ó meu soldadinho,
é a solução para a paz querida?
Talvez a preferida, meu homenzinho,
de quem quer a verdade na mentira.
Pergunto por fim, pergunto-te então
Soldado, Soldadinho, Capitão,
será que as armas possuem razão?